Na quinta-feira (20), cerca de 40 vendedores ambulantes compareceram ao chamamento para uma reunião pública, no auditório da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), para discutir a regulamentação da atividade na capital do Paraná. A atividade foi uma iniciativa dos mandatos de Giorgia Prates – Mandata Preta (PT), Camilla Gonda (PSB), Laís Leão (PDT), Professora Angela (PSOL), Vanda de Assis (PT) e Angelo Vanhoni (PT). O debate foi transmitido ao vivo pelo canal da CMC no YouTube (067.00006.2025).
Dez vendedores ambulantes e a advogada Valéria Fiori, do Instituto Democracia Popular, fizeram diagnósticos das condições de trabalho e apresentaram ideias para regulamentar as vendas durante eventos realizados em Curitiba. A organização adotada pela Prefeitura de Curitiba durante o Carnaval foi considerada um avanço para o segmento, mas os ambulantes cobraram uma política permanente para o trabalho, dando como exemplo o que aconteceu durante o Red Bull Showrun Curitiba, quando alegam ter havido exagero dos fiscais.
A categoria colocou como meta a criação de uma associação para os vendedores ambulantes, que se queixaram de terem sido equivocadamente representados, em reuniões com a Prefeitura de Curitiba, por sindicatos de categorias profissionais diferentes da deles. “Tem que formalizar o grupo [dos ambulantes], antes de ir para o embate. Por isso, a prioridade é formalizar a associação”, pontuou Valéria Fiori. Ela se queixou da dificuldade de obter espaços para realizar as reuniões, ao que as vereadoras de Curitiba se disponibilizaram a ajudar.
Os ambulantes questionaram a atuação da Guarda Municipal de Curitiba na fiscalização dos vendedores, questionando a legitimidade formal dela para a apreensão de mercadorias, que acusaram não vir acompanhada de documentação orientando a retirada dos produtos. Eles também apontaram disparidades no trabalho dos fiscais do Urbanismo, quando foram informados que a denúncia de pagamento anormal de horas-extras a eles foi aceita pelo Ministério Público do Paraná.
As vereadoras de Curitiba mostraram seu descontentamento com a ausência de representantes da Prefeitura de Curitiba na reunião, apesar do chamamento a várias secretarias municipais. Dentre as ideias trazidas na reunião, além da criação da associação, está o cadastramento dos ambulantes, para evidenciar quem são aqueles que trabalham regularmente em Curitiba daqueles que vêm de fora, nos grandes shows, para desrespeitar regras e clonar cartões bancários. Os ambulantes deram os exemplos de Tibagi e Castro, onde o cadastro acontece com sucesso, conforme os relatos.
