Dezoito artesãos paranaenses de oito municípios vão representar o Estado em exposição colaborativa inédita no Centro de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), no Rio de Janeiro. Indicados pela Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), por meio da Coordenação Estadual de Fomento ao Artesanato, os artesãos participam a da mostra “Sinta o Sul – Bioma Mata Atlântica”, em cartaz de 15 de maio a 15 de outubro.
“Nosso objetivo é fomentar o desenvolvimento econômico dos artesãos, vindos de todo o Paraná. A expectativa com os estandes em feiras e exposições como a essa é oferecer um espaço institucional e um canal de venda em larga escala para os artesãos paranaenses”, explica a secretária da Semipi, Leandre Dal Ponte.
A exposição é fruto de uma iniciativa inédita realizada em colaboração entre as superintendências do Sebrae do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o CRAB. Além da Semipi, as secretarias de Estado do Turismo (Setu) e da Cultura (SEEC) também estarão presentes, representando o ecossistema paranaense da economia criativa. Entre as atrações culturais, haverá apresentação da Orquestra da Viola.
No geral, o Paraná estará representado na mostra “Sinta o Sul” com 627 peças artesanais, que envolvem 172 artesãos, de 25 unidades produtivas de artesanato. E na abertura do evento, serão apresentados dois pratos que usam produtos com Indicação Geográfica: brigadeiro de camomila de Mandirituba, e pão de melado batido de Capanema.
“O artesanato é uma das expressões mais genuínas da cultura de um povo, e quando falamos em Mata Atlântica, falamos também de memória, identidade e preservação. Participar dessa mostra é reafirmar o papel da cultura na valorização dos saberes tradicionais e no fortalecimento da economia criativa em diálogo com a sustentabilidade”, afirma a secretária de Estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira.
Para a coordenadora de Gestão e Sustentabilidade da Secretaria do Turismo, Anna Vargas, o artesanato e o turismo são muito relacionados. “O artesanato é o que chamamos de produção associada ao turismo, porque agrega valor à visita e à experiência do viajante. Então, quando o turista tem contato com o artesanato de um destino, ele se envolve muito mais na experiência. É importante levar isso para outros lugares, porque as pessoas conhecem as nossas produções e acabam desbravando também as referências culturais paranaenses, criando mais interesse em visitar o Estado”, diz.
“O Paraná abriga uma das maiores áreas contínuas da Mata Atlântica, bioma que cobre os três estados do Sul e é o tema central desta mostra. As peças artesanais que estarão na apresentação unem os saberes e fazeres do trabalho manual, seu valor estético e a atenção à sustentabilidade, aspectos que buscamos evidenciar e levar aos empreendedores paranaenses”, afirma diretor-técnico do Sebrae/PR, César Reinaldo Rissete.
EXPOSIÇÃO IMERSIVA – Cada ambiente da exposição foi concebido para proporcionar uma experiência imersiva, despertando sensações e estimulando o público a refletir sobre o passado e o presente, com um olhar atento ao futuro. A curadoria, assinada por Silvia Baggio, especialista em cultura e criação, foi orientada por uma pesquisa poética, com registros fotográficos e audiovisuais que aproximam o espectador da vivência nos três estados do Sul do Brasil.
O feito à mão, a tradição e o saber transmitido entre gerações — como o guaimbê, os bilros, as danças típicas, a prosa com um chimarrão e os costumes açorianos — são valorizados em cada detalhe.
A iniciativa também inclui ações de educação ambiental, com foco na preservação do Bioma Mata Atlântica, uso de materiais sustentáveis e incentivo a práticas conscientes e reflexivas sobre desperdício e poluição.
APOIOS – A exposição “Sinta o Sul – Bioma Mata Atlântica” conta com o apoio do Governo do Paraná e dos governos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e da Fecomércio dos três estados do Sul. A mostra fica em cartaz de 15 de maio a 15 de outubro, de terça-feira a sábado, das 10 às 17h, no Centro de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), na Praça Tiradentes 69/71, no Centro do Rio de Janeiro. A entrada é gratuita.
RECORDE NA FEIARTE – Terminou neste domingo (11) a 46ª Feira Internacional de Artesanato (Feiarte) com um recorde de vendas para os artesãos paranaenses: a meta inicial de R$ 70 mil foi superada, com venda de 1.767 peças que geraram uma receita total de R$ 72.024,20 para os 15 expositores, no estande inédito da Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, o maior do evento. Maior feira de artesanato do Sul do Brasil, a Feiarte reuniu ao todo 180 expositores e um público de 50 mil pessoas, em 11 dias de exposição.