Depois de manifestar seu apoio às medidas tomadas pelo Coritiba e pelo Athletico para combater o racismo no futebol do Paraná, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, nesta terça-feira (1º), uma moção de protesto contra torcedores do Cerro Portenho, pelas ofensas contra o jogador Luighi, do sub-20 do Palmeiras. A situação ocorreu no dia 6 de março, durante uma partida da Conmebol Libertadores, quando torcedores imitaram macacos e cuspiram nos jogadores do time brasileiro.
“Dói na alma. E é a mesma dor que todos os pretos sentiram ao longo da história, porque as coisas evoluem, mas nunca são 100% resolvidas. O episódio de hoje deixa cicatrizes e precisa ser encarado como é de fato: crime”, disse Luighi, nas redes sociais, após as agressões. Protocolada pela vereadora Giorgia Prates – Mandata Preta (PT), a moção de protesto foi aprovada em votação simbólica, por unanimidade. “Vamos lutar contra o racismo o tempo todo, vamos falar todas as vezes em que ele acontecer e vamos fazer a luta antirracista neste país”, afirmou a parlamentar (413.00013.2025).
Moção contra resolução do Conanda é aprovada pela Câmara de Curitiba
Foi submetida ao plenário, e aprovada em votação simbólica, sem discussão, uma moção de protesto ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Os vereadores Eder Borges (PL), Carlise Kwiatkowski (PL), Fernando Klinger (PL) e Guilherme Kilter (Novo) assinam o requerimento, no qual argumentam que o Conanda, com a resolução 258/2024, “infringe os direitos dos pais e responsáveis, comprometendo a autonomia familiar” (413.00014.2025).
A resolução 258/2024 estabelece um protocolo específico em caso de gravidez de criança e adolescente resultante de violência sexual, para dar acesso ao serviço de saúde para a interrupção legal da gestação. Os vereadores entendem que o Conanda desobriga análise clínica para a autorização do aborto legal, o que extrapolaria suas funções e estaria em conflito com outras leis nacionais e projetos em discussão no Congresso Nacional.