Essas estimativas de despesa tomam como base a previsão, feita com dados oficiais, de que, em 2026, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá 1,6%, que a inflação aferida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) ficará em 5,47% e que a taxa de juros básica da economia (Selic) terminará o ano em 13,71%, com o dólar comercial valendo R$ 5,75. Na projeção populacional, a Prefeitura de Curitiba prevê um acréscimo de 7.640 pessoas vivendo na cidade durante o próximo ano, totalizando 1,845 milhão de pessoas em 2026.
Neste cenário, a Prefeitura de Curitiba projeta que a cidade continuará sendo a maior captadora de recursos, com 56% dos R$ 15,6 bilhões provenientes de arrecadação própria (R$ 7,74 bi), seguido pelos repasses da União (R$ 2,26 bi) e do estado (R$ 1,9 bi). As receitas de capital, como operações de crédito e rendimentos, estão estimadas em R$ 699 milhões. Somando as compensações e renúncias de receitas em ISS, IPTU, Taxa de Lixo e ITBI, o Executivo estima que R$ 601 milhões em impostos municipais deixarão de ser arrecadados em razão de programas sociais, políticas econômicas ou exigências legais.
Esses números constam no projeto de lei enviado à Câmara de Curitiba. A LDO 2026 é composta por 11 capítulos, divididos em 90 artigos de lei (013.00003.2025). A proposta elaborada pelo Executivo utilizou sugestões recebidas pelo programa Fala Curitiba, de participação popular, que neste ano contabilizou 7.817 participações, que se desdobraram em 21.219 sugestões à LDO 2026. As áreas com mais pedidos de investimento foram Obras Públicas (17%), Esporte e Lazer (12%), Saúde (11%), Trânsito (10%) e Guarda Municipal (9,96%).
Passo a passo da votação da LDO 2026 na Câmara de Curitiba
Por se tratar de uma proposta de lei orçamentária, o rito de tramitação da LDO 2026 é diferente das demais: após a instrução da Procuradoria Jurídica (Projuris), a matéria não passa pela Comissão de Constituição e Justiça. O trâmite, antes da votação em plenário, ocorre apenas no colegiado de Economia, Finanças e Fiscalização. Serão duas votações, começando pela admissibilidade da matéria, que é seguida pela consulta pública e depois pela apresentação de emendas parlamentares. Somente após isso é que Economia vota novamente a LDO 2026, dando um parecer terminativo e encaminhando-a em seguida ao plenário. Entenda mais sobre o ciclo orçamentário clicando aqui.