O Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), emitiu o licenciamento ambiental que permite o início das obras de revitalização das principais vias de acesso ao Porto de Antonina, no Litoral. O investimento da empresa pública Portos do Paraná é de R$ 18 milhões, com previsão de obras começaram ainda neste semestre.
A Licença Ambiental Simplificada (LAS), publicada semana passada, possibilita a reestruturação de 4,6 quilômetros da Avenida Conde Matarazzo e a Rua Engenheiro Luiz Augusto Leão da Fonseca. O projeto prevê a remoção do asfalto antigo para substituição por pavimentação em concreto, que tem maior durabilidade em comparação ao asfalto e um custo de manutenção significativamente menor. Além disso, o material proporciona mais segurança no trânsito.
“É uma intervenção com impacto grande para a população, tanto na organização do trânsito pesado de caminhões quanto na mobilidade das famílias que moram nos arredores dessas vias”, afirmou o chefe do escritório regional do IAT no Litoral, Altamir Hacke.
“Observamos todas as condicionantes necessárias durante os trâmites do licenciamento ambiental, com base em análise técnica, como a gestão de resíduos sólidos, efluentes líquidos, drenagem fluvial e ruídos”, acrescentou.
A proposta contempla ainda a implantação de ciclovias, rampas de acessibilidade, novos abrigos de ônibus e a reforma das calçadas. Além disso, serão instalados sistemas de drenagem para evitar alagamentos nas vias, além de sinalização e outros serviços complementares para aprimorar o fluxo de caminhões.
“São obras que trazem melhorias para a cidade e segurança para motoristas, ciclistas e pedestres, por serem algumas das principais vias de acesso ao centro da cidade e ao Porto de Antonina”, destacou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
A Prefeitura de Antonina elaborou o projeto e acompanhou a empresa responsável pelas obras nas sondagens da Avenida Conde Matarazzo. O solo foi avaliado para garantir que a pavimentação seja executada com qualidade e para auxiliar na escolha dos materiais e técnicas a serem utilizados na obra.
Para reduzir os transtornos durante as obras, serão planejados desvios e mudanças temporárias no trânsito. A conclusão dos trabalhos está prevista para o primeiro semestre de 2026.
O QUE É – A reestruturação das vias de acesso ao Porto de Antonina foi classificada pelo IAT como Licença Ambiental Simplificada (LAS). O documento aprova a localização e a concepção do empreendimento, atividade ou obra de pequeno porte e/ou que possua baixo potencial poluidor/degradador, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos.
Além disso, autoriza a instalação e operação de acordo com as especificações constantes dos requerimentos, planos, programas e/ou projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes determinadas pelo Instituto.
PORTO DE ANTONINA – Em 2024, o Porto de Antonina movimentou 1,9 milhão de toneladas de açúcar ensacado e a granel, fertilizantes e demais produtos. O volume representa um crescimento de 47% em relação a 2023, quando foram movimentadas 1,3 milhão de toneladas.
Atualmente, o Porto de Antonina é um dos terminais administrados pela empresa pública Portos do Paraná, que possui a segunda maior movimentação portuária do Brasil e é pentacampeã em melhor gestão portuária no País, segundo o governo federal.