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Paraná sedia Congresso Latino-Americano de estudos na área da Defesa Civil

20 de maio de 2025
Paraná sedia Congresso Latino-Americano de estudos na área da Defesa Civil
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O Paraná recebe nesta semana, entre os dias 19 e 23 de maio, o VI Congresso da Sociedade de Análise de Riscos Latino-Americana – SRA-LA. O evento científico acontece em Curitiba e reúne pesquisadores e profissionais da área de Defesa Civil em torno do tema “A ciência e a tecnologia para a gestão integrada de riscos de desastres e a adaptação às mudanças climáticas”. É um fórum especializado para a discussão sobre como desenvolver a resiliência nas comunidades e municípios.

Após um primeiro dia destinado à realização de minicursos, o Congresso começou oficialmente nesta terça-feira (20), no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). A solenidade de abertura contou com uma palestra do pesquisador Carlos Nobre, principal nome dos estudos sobre aquecimento global no Brasil. As discussões subsequentes englobaram o panorama de como os riscos de desastres estão evoluindo no atual contexto global.

“É de suma importância discutir o aquecimento global. E a Defesa Civil, como órgão de primeira resposta aos eventos que ocorrem dadas essas variações de condições climáticas, tem que estar junto com a academia, pesquisando, vendo o que acontece com o meio ambiente e quais são as soluções possíveis para minimizar esses desastres”, explicou o coordenador estadual da Defesa Civil do Paraná, coronel Fernando Schünig. “Nós sabemos que ações a longo prazo são necessárias para que esse cenário mude”.

Além de receber o evento, o Estado também vai participar desse esforço por mudanças e de preparação para situações de risco com sua expertise, já testada na prática em ações em território paranaense e nacional.

“Nós procuramos trazer para esse evento as inovações que temos e que podem ser aproveitadas por outros estados e países, como as redes de ajuda humanitária, as ligações que temos com relação a animais em situações de desastre, e todo desenvolvimento tecnológico de sistema de registro e acompanhamento de ocorrências, além dos alertas. Também temos um grande envolvimento em ações em outros estados, trabalhando de maneira cooperada em nível nacional. Temos muito a contribuir”, disse o coronel.

Ele também citou o Fundo Estadual para Calamidades Públicas (Fecap), que apoia as prefeituras com ações preventivas  ações de resposta e recuperação a diferentes tipos de desastres.

FÓRUM – São 600 pessoas inscritas no Congresso. Elas vão se envolver na busca por novas soluções para o setor. Será uma semana dedicada à troca de informações sobre as produções e inovações mais relevantes na atualidade, desafios e práticas bem-sucedidas, tanto por meio de palestras quanto por meio de apresentações de trabalhos técnicos e científicos, debates, minicursos, conferências e uma feira expositiva.

“Nós buscamos discutir a ciência, a tecnologia, a inovação, voltada à redução do risco de desastres e adaptação às mudanças climáticas. Para isso, reunimos os diversos atores – academia, defesa civil, gestores públicos e iniciativa privada – para que todos interajam e trabalhem de fato para alcançarmos esses objetivos. Tem que ser um esforço conjunto. Precisamos da integração de todos para que consigamos reduzir a vulnerabilidade das populações”, disse Danyelle Stringari, diretora acadêmica do Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped) da Defesa Civil do Paraná e atual presidente da SRA-LA.

Segundo ela, o resultado final dessa semana de atividades é amplo, envolvendo uma publicação com mais de 200 artigos científicos desenvolvidos pela comunidade acadêmica e especialistas na área de redução de riscos de desastres. “A congregação desses trabalhos é fundamental para que possamos aplicar os conhecimentos na prática. Esse Congresso integra a sociedade, possibilitando parcerias internacionais, convênios, para que todos saiam daqui sensibilizados de que o mundo precisa mudar”, acrescentou.

O evento é dividido em nove eixos temáticos. São eles: Mudanças climáticas; Riscos e Desastres Ambientais; Riscos e Desastres Tecnológicos; Gestão do Risco, Governança e Políticas Públicas na Redução de Risco de Desastres; Comunicação em Redução de Risco de Desastres; Educação, Participação Comunitária e Redes; Tecnologias e Inovação em RRD; Saúde e Ambiente e Gestão e Manejo de Animais em Desastres.

As discussões e apresentações do Congresso serão diárias, em dois turnos (manhã e tarde), até a quinta-feira, 22 de maio, sendo o evento encerrado com uma premiação para os melhores artigos apresentados durante o período. Os trabalhos, no entanto, prosseguem no dia seguinte, 23, quando serão realizadas nove visitas técnicas, divididas por áreas de interesse e atuação. Os participantes conhecerão estruturas da Copel, da Defesa Civil, do Simepar, além do Aterro Sanitário do Caximba.

Referência nacional na área de comunicação de riscos de desastres e jornalismo científico e ambiental, a professora doutora Cilene Victor da Silva, da Universidade Metodista de São Paulo, entende o Congresso como um momento simbólico do diálogo entre academia e sociedade. Jornalista acostumada a cobrir desastres internacionais, ela destaca o papel do Brasil nesse setor.

“Não devemos nada em relação ao que tem sido produzido fora do País. Pelo contrário, muitos grupos de pesquisadores no Brasil estão trabalhando com colegas de universidades de todos os continentes”, comentou. “Avançamos muito na pesquisa. Em um primeiro momento, de forma muito silenciosa, sem visibilidade midiática e social. Hoje está muito claro que a academia e as instituições de pesquisa brasileiras estão trabalhando, junto com os diversos setores, para reduzir riscos de desastres frente às ameaças climáticas”.

Um dos palestrantes do evento é o geólogo Eduardo Soares de Macedo, que é especialista em desastres naturais e tem mais de 40 anos de carreira na área. “O risco [de desastres] não é só um problema da Defesa Civil. É um problema da sociedade como um todo. Quanto mais gente souber disso, melhor nós vamos fazer o trabalho e menos gente vai sofrer no futuro com isso”, declarou.

Ele reconhece avanços significativos nas últimas quatro décadas, mas que vê o envolvimento popular como uma necessidade ainda distante. “Falta participação ativa da população. Ela é chamada à ação só quando dá problema. Nós temos que chamá-la antes, na prevenção, para que ela saiba o que fazer em caso desse tipo de ocorrência”, concluiu.

PROMOÇÃO – O Congresso é promovido pela Sociedade de Análise de Risco Latino-Americana – SRA-LA, em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped/PR); a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil do Estado do Paraná; a Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR); e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Estadual do Paraná (Funespar).

O evento tem ainda apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Instituto Água e Terra (IAT); Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável; Sanepar; Fiep; Fundação Araucária; CNPQ; entre outros parceiros externos.

O Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres – Ceped/PR é o órgão de assessoramento da Coordenadoria da Defesa Civil do Paraná. Ele integra a Política Estadual de Proteção e Defesa Civil do Estado (Lei Estadual nº18.519/2015) e tem como uma de suas atribuições encontrar novas formas para a captação de recursos para a pesquisa, inovação tecnológica, ensino e extensão, bem como apoiar as instituições interessadas em editais que desejem contar com o apoio do Centro para o fortalecimento da gestão integrada dos riscos de desastres.

SRA – A SRA-LA faz parte da Society for Risk Analysis – SRA, organização internacional que se dedica à pesquisa, educação e prática da análise de riscos. É uma sociedade científica que une esforços com iniciativas públicas e privadas para ajudar na geração de conhecimento e soluções aos desastres naturais do continente latino-americano. A SRA-LA atua na análise de riscos, incluindo avaliação, gestão, percepção e comunicação em diferentes áreas de conhecimento.

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